29/03/2024 - Edição 540

Viver Bem

Equilíbrio é tão importante quanto a força muscular para a atividade física

Publicado em 01/07/2015 12:00 -

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A vida muitas vezes exige equilíbrio: como podemos lutar por mais, mas também nos contentar com o que temos? Como trabalhar para cumprir todo o nosso potencial, mas sem estresse? É importante encontrar o meio termo, porque, quando as coisas estão em desequilíbrio, corpo e mente podem desmoronar.

Em termos literais, a perda momentânea de equilíbrio pode levar a uma queda. Um teste rápido, descrito pelo corredor Alex Hutchinson num artigo no "The New York Times", consiste em ficar 30 segundos parado numa perna só e depois tentar de novo com os olhos fechados. Ele se submeteu a uma série de testes desse tipo há alguns anos, quando pesquisava sobre caminhada em trilhas de altitude.

Apesar de sua boa forma física para tarefas de força e resistência, ele descobriu que estava tão instável como se sofresse do mal da altitude numa escalada no Himalaia.

O problema, disse, é que os alvos da atividade física muitas vezes são a força muscular, a resistência aeróbica e a flexibilidade, porém vistos como elementos a serem alcançados separadamente, não como um estado holístico e interconectado. Uma forma de amarrar tudo isso, sugeriu, é manter a mente ativa.

Em atividades que exigem coordenação, como percursos com obstáculos, ou feitas com um parceiro, como a dança ou o tênis, "há novidade e imprevisibilidade, em vez de repetição. Isso é crucial para manter o cérebro envolvido", escreveu Hutchinson.

Outra maneira de manter o equilíbrio é com aplicativos e aparelhos que monitoram a atividade corporal – os passos que você dá a cada dia, as calorias que consome ou as horas que dorme.

Em entrevista, Natasha Dow Schüll, professora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), admitiu que esses recursos, ao agirem no lugar do usuário, criam o risco de um "embotamento mental". Mas eles também podem – com a ajudinha de uma consciência atenta– revelar detalhes sobre o comportamento do indivíduo e ajudá-lo a cumprir seus objetivos pessoais. "É como se você fosse um detetive de si mesmo", disse Schüll.

Ela gosta do Muse, uma faixa usada na cabeça que monitora as ondas cerebrais e reproduz sons diferentes conforme nota que o usuário está distraído ou calmo. Ao escutar esses sons e ficar mais consciente acerca do estado do seu cérebro, "você aprende a acalmar a mente", segundo ela.  


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