25/04/2024 - Edição 540

Campo Grande

Campo Grande amplia o serviço de coleta seletiva de resíduos

Publicado em 26/06/2015 12:00 -

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A partir desta segunda-feira (29), o serviço de coleta seletiva de resíduos sólidos em Campo Grande receberá uma ampliação significativa. Dos 32 mil domicílios que atende atualmente, em 120 bairros, o serviço passará a contemplar 100 mil residências, o que corresponde ao recolhimento do lixo produzido por 182,6 mil pessoas. O lançamento oficial do programa está marcado para terça-feira (30), no Armazém Cultural, mas os caminhões da Solurb, empresa que presta o serviço, já começam a circular pelos novos bairros atendidos.

Para este serviço dar certo é fundamental a adesão da população. A coleta seletiva de resíduos recolhe o material reciclável produzido nos domicílios. Portanto, cada munícipe precisará fazer a separação dos resíduos secos do lixo orgânico, basicamente plástico, vidro, alumínio, papel (sem uso e seco) e latas. Outros materiais, como pilhas, lâmpadas e baterias, deverão ser devolvidos nos locais de compra (comércio, distribuidores e indústrias), conforme determina a Lei Federal nº 12305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

De uma a duas vezes na semana, um caminhão da Solurb, identificado com a logomarca da coleta seletiva municipal, passará nas ruas dos bairros atendidos, em horário compreendido entre as 7h e as 15h20. O lixo separado deverá ser disponibilizado nas calçadas numa sacola plástica verde, inicialmente distribuída casa a casa pela Solurb, e que será reposta após a coleta.

Todo o material recolhido pela Solurb será entregue aos catadores organizados em cooperativas, que deverão iniciar os trabalhos de seleção do material reciclável na primeira quinzena de julho, na unidade da Usina de Triagem de Resíduos (UTR), construída no bairro Dom Antônio Barbosa.

Relevância

Atualmente, 800 toneladas de lixo são descarregadas numa "área de transição", de forma que os cerca de 400 catadores podem fazer a coleta de materiais reciclados. Somente após a intervenção dos coletores, o lixo é destinado para o aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II. Do lixo gerado diariamente no município, cerca de 35% (280 toneladas) apresentam potencial para reciclagem. E muito se perde, por conta da falta de estrutura do local de coleta atual.

Com a coleta seletiva, os catadores deixarão a área de transição e passarão a trabalhar nas instalações UTR, dispondo de condições salubres de trabalho e formalizados em cooperativas. Por esta razão, o recolhimento domiciliar de material reciclável, bem como a adesão de cada munícipe ao programa de separação de resíduos, consistem numa etapa fundamental para solucionar o imbróglio com resíduos urbanos em Campo Grande.

"A coleta seletiva é realmente muito importante, porque ela agrega ambiental, econômica e socialmente para o município. Com o recolhimento domiciliar de material reciclável, a UTR passará a entrar em funcionamento e muitas famílias que vivem da coleta destes materiais passam a ser beneficiadas, pois deixam de trabalhar em condições insalubres e vão para a UTR, um lugar com estrutura, e bem visto pela sociedade", explica o superintendente executivo da Solurb, Lucas Dolzan.

De acordo com Dolzan, a cidade foi dividida em nove regiões. Atualmente, apenas uma é atendida, mas a partir de segunda-feira, serão três ao todo. Mais duas ampliações estão previstas até o fim do ano e uma, a última, em 2016. "O sucesso deste programa depende da adesão dos moradores. É muito importante que, a partir de hoje, cada cidadão separe seu lixo reciclável, que terá a destinação correta", destaca Dolzan.

Repercussão

Nas ruas de Campo Grande, quem já é atendido pela coleta seletiva aprova e comemora a ampliação do serviço. No bairro Cidade Jardim, a aposentada Sara Sales Pereira reconhece o papel de cada cidadão na redução de impacto ao meio ambiente. "É importante que 100% da população tome consciência de que a reciclagem não é uma opção, mas um dever de cada cidadão. Temos que separar nosso lixo diariamente, até porque têm pessoas que dependem dele para sobreviver e precisamos fazer nossa parte para preservar o meio ambiente", opina.

No mesmo bairro, Agripino de Oliveira, que também separa material reaproveitável dos outros resíduos, aprova a coleta seletiva. "É uma ação importante, porque nem tudo o que colocamos no lixo é inutilizável. Com a coleta seletiva, boa parte do que chamamos de lixo é reaproveitada, o que diminui a quantidade de lixo que vai para os aterros", conclui.

Além do material reciclável, é importante saber condicionar outros tipos de materiais que não são lixo orgânico, de forma que ele não ofereça risco em seu manuseio. Com as informações abaixo, o seu lixo será bem destinado e causará menos danos ao meio ambiente. A cidade agradece!

Para saber outras informações sobre o programa municipal de coleta seletiva de resíduos sólidos, destinação do lixo de Campo Grande e formas de separar seu lixo reciclável, confira o site da Solurb.


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