Saúde
Publicado em 24/06/2015 12:00 -
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Com a proximidade do inverno, as pessoas que sofrem com asma ficam com o aparelho respiratório ainda mais sensível. De acordo com o médico pneumologista Álvaro Cruz, qualquer coisa que venha irritar o aparelho respiratório, como ar seco, ar frio, variação brusca da temperatura, resfriado e até odor forte, pode trazer sintomas que não traria a uma pessoa que não tem asma.
A asma atinge cerca de 10 milhões pessoas em todo o País e é uma das principais causas de internamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério da Saúde. A doença mata cerca de 7 pessoas por dia. "A asma é uma das doenças crônicas mais frequentes e que deveria ter mais prioridade da saúde públicas, e não deveria morrer ninguém por asma no Brasil", avalia o médico.
O médico ressalta que ninguém morre por asma na Suíça, nem na Finlândia, onde há bons programas para tratamento correto e as pessoas seguem as orientações. "O que ocorre no Brasil é que infelizmente os profissionais da atenção básica não estão capacitados para tratar a asma, embora haja medicação disponível e até gratuitamente", avalia.
Segundo o médico, a combinação de acesso limitado e um pouco de negligência do próprio paciente são as causas do maior número de mortes por asma.
Crianças e clima
Nesta época do ano, em que o calor começa a dar lugar para o frio, o aumento de doenças respiratórias é muito comum. Segundo o pneumologista da PUC do Rio Grande do Sul, Adalberto Rubin, aqueles que têm asma, bronquite ou rinite devem redobrar os cuidados, como ter sempre um agasalho em mãos e manter seus medicamentos preventivos de saúde.
No caso das crianças com asma, os pais devem ficar sempre atentos e fazer o tratamento orientado pelo pediatra, principalmente as que frequentam a escola. O contato com outras crianças aumenta a possibilidade de transmissão de vírus uns para outros, e, de uma infecção respiratória, podem desencadear uma crise de asma. Dois fatores são mais importantes para as causas da asma: predisposição genética e alergia.
Na infância, metade das crianças vai ter uma crise de bronquite ou de asma, mas na adolescência isso geralmente desaparece, podendo voltar na idade adulta. Existe uma variação de ocorrência e de incidência, mas o que se sabe é que aquele que tem crises muito fortes e sintomas diários da asma, esse necessita de tratamento contínuo.
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