26/04/2024 - Edição 540

Saúde

Mal de Parkinson atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil

Publicado em 22/04/2015 12:00 -

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Ainda não se conhece com exatidão a causa do Mal de Parkinson, e nem a cura para a doença, mas existe tratamento. E ultimamente houve avanços significativos no tratamento de alguns dos sintomas mais importantes que são tremor e rigidez. Esses são sintomas que limitam o paciente progressivamente.

Segundo o neurocirurgião funcional e especialista em movimentos voluntários, Cláudio Fernandes Corrêa, a doença afeta cerca de 200 mil pessoas por ano no Brasil, atingindo normalmente pessoas a partir dos 60 anos, mas pode atingir os mais jovens também. Estes, quando desenvolvem a doença, têm a evolução dos sintomas de maneira mais grave e rápida, gerando uma limitação progressiva, alterando a fala, a deglutição, gerando incapacidade para movimentos, além dos tremores.

As causas da doença podem ser genéticas, mas isto ainda não está comprovado cientificamente. Também existe a relação de trabalhar com inseticida, microtraumas no crânio, alterações vasculares da circulação que podem ser algumas das outras possibilidades.

O neurocirurgião explica que a doença é degenerativa começa numa estrutura à base do encéfalo (cérebro) e as células produtoras de dopamina deixam de produzir e mais tarde outros grupos celulares também têm uma falência.

Tratamento

O neurologista Vitor Tumas, da Academia Brasileira de Neurologia, diz que, quando corretamente tratada, a doença não diminui a expectativa de vida do paciente e que são raros os casos em que provoca incapacidade.

Os sintomas mais comuns são tremor nas mãos, rigidez e lentidão de um lado do corpo. De acordo com Tumas, o diagnóstico é feito diretamente pelo médico, geralmente neurologista, sem necessidade de exames. Podem surgir também depressão, alterações do sono, diminuição do olfato e constipação intestinal.

“Os sintomas começam a aparecer geralmente em um lado do corpo e vão progredindo ao longo do tempo, ficando sempre uma diferença de intensidade entre os dois lados. Se o paciente fizer o tratamento bem feito, consegue viver bem por um bom tempo”, explicou Tumas.

O especialista cita pesquisas que apontam fatores genéticos e ambientais, como por exemplo exposição a agrotóxicos, como causadores da doença. Os estudos também apontam que a cafeína protege do Parkinson.

Tumas ressalta que é muito importante começar o tratamento o mais cedo possível, para diminuir a evolução da doença, que em casos mais graves pode exigir intervenção cirúrgica.

O tratamento básico consiste em medicamentos para os sintomas motores. Esses remédios são vendidos no Programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde com 90% de desconto. Ele deve ser associado a outros métodos de reabilitação, quando for necessário, como fisioterapia e fonoaudiologia.


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