25/04/2024 - Edição 540

Ecologia

Jeep Renegade

Publicado em 26/03/2015 12:00 -

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Com grande investimento em publicidade, a Jeep Renegade chega para concorrer em um dos segmentos que ainda projetam crescimento, mesmo em mais um ano de queda nas vendas de carros: o de SUVs.

É uma aposta praticamente "all-in", momento em que o jogador de pôquer põe todas as suas fichas em uma única mão de cartas. A Jeep espera que o Renegade responda por quase 90% das vendas neste ano e já planeja exportar para a América Latina o modelo feito em Goiana (PE), na nova fábrica do grupo Fiat Chrysler.

Pelo menos a aposta não é blefe. Pode não ser uma sequência real de mesmo naipe (a mão mais valiosa no pôquer), mas é uma boa jogada. O Renegade consegue reunir características urbanas e off-road, com visual que pode agradar jovens – de idade ou, pelo menos, de espírito.

Segundo expectativa da fabricante, as versões mais acessíveis, equipadas com motor 1.8 flex de 132 cavalos de potência (o mesmo do Fiat Bravo com leves mudanças) e características mais urbanas, devem representar 78% das vendas. No pôquer, elas seriam dois pares ou no máximo uma trinca – jogadas que não são espetaculares, acontecem frequentemente, mas têm boas chances de vencer.

Já com motor 2.0 turbodiesel (170 cv) e câmbio automático de 9 marchas, o Renegade se transforma em pelo menos um "full house" – mão que combina uma trinca e um par. Claro que ela é mais difícil de ocorrer. Na vida do jipinho, a dificuldade serão os preços, a partir de R$ 99.900, enquanto as menos potentes começarão em R$ 66.900.

Personalidade

O visual do Renegade combina pontos do robusto e corajoso Wrangler com o estilo mais ousado e dinâmico da Cherokee. Assim como as recentes reestilizações da Jeep, o desenho não é aclamado de forma unânime.

A fusão com a Fiat e alguma semelhança nas linhas fazem alguns chamarem o Renegade de "Uno grandão", mas não tem nada a ver. Ele foi pensado desde o começo como um utilitário esportivo e utiliza a mesma plataforma do 500X, a versão “anabolizada”, sim, mas do pequeno 500 ou Cinquecento.

A Jeep segue apostando na inovação visual após bons resultados: foi a marca que mais cresceu em percentual de vendas no ano passado, entre as 40 maiores do mundo, segundo levantamento da consultoria focus2move.

A meta da marca americana é atingir quase 2 milhões de veículos em 2018, um valor 6 vezes superior aos 330 mil registrados em 2009, logo após a crise financeira mundial. O Renegade terá papel fundamental nessa trajetória global, e o Brasil é o segundo país a produzir o jipinho, depois de Itália, que o exporta inclusive para os Estados Unidos, e antes de China e Índia.

Detalhes

Desde a versão mais básica, o Renegade é cheio de detalhes e equipamentos que são encontrados apenas em modelos mais caros, recurso também usado pelo seu mais novo rival, o Honda HR-V. A lista vai desde uma tomada 12V na traseira, para quem quiser recarregar algum eletrônico até controle de estabilidade e assistência na partida em subidas.

Novo ícone da história da Jeep, o desenho em X da lanterna traseira aparece também em outros lugares, assim como as 7 barras verticais da grade dianteira, uma marca de design herdada do Willys, que foi feito no Brasil na década de 1960.

De acordo com o vice-presidente de design Ralph Gilles, os mais aficionados e pacientes poderão encontrar 25 pequenas “surpresas” no interior do veículo, entre elas um mapa de trilha no porta-objetos do console central (o G1 mostrou alguns desses detalhes ainda no Salão de Paris, em setembro passado). Para qualquer lado que olhe, a marca faz questão de lembrar que você está dentro de um Jeep.


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