24/04/2024 - Edição 540

Viver Bem

Banana, castanha, chocolate: alimentos que dão aquela força na hora do sexo

Publicado em 11/05/2021 12:00 -

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Apesar de serem chamados de afrodisíacos pelo senso popular, alguns alimentos não são capazes de garantir uma performance "nota 10" na cama, porém contam com nutrientes, vitaminas e substâncias que influenciam positivamente no sexo. Eles regulam a produção de hormônios, dão energia, ativam a circulação sanguínea, estimulando a ereção, auxiliam na lubrificação e até potencializam a produção de espermatozoides e óvulos, afetando a fertilidade. Além disso tudo, ainda aumentam os níveis de neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar, ingredientes fundamentais para uma sexualidade saudável.

É válido dizer que, isoladamente, nenhum tipo de alimento faz milagre. O ideal é manter uma alimentação balanceada diariamente e adotar boas práticas, como se exercitar, dormir bem e fazer check-ups regulares. No mais, não se esqueça de que o fator psicológico sempre conta muito quando o assunto é sexo, então a satisfação da experiência começa na mente, ok?

Chocolate

Sua ingestão aumenta a produção de neurotransmissores como dopamina, serotonina e endorfina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento, em especial o do tipo amargo, também conta com feniletilamina, substância alcaloide com efeito parecido ao da anfetamina e que tem propriedades estimulantes, despertando a energia e a libido. O chocolate ainda é rico em magnésio, que proporciona a sensação de relaxamento.

Pimentas vermelhas

Possuem uma substância chamada capsaicina, que acelera o metabolismo e estimula produção de hormônios vasodilatadores, melhorando a circulação sanguínea. Essas funções ajudam no relaxamento da vagina e na ereção do pênis. Esses efeitos são resultado principalmente da ingestão de pimentas mais picantes, como a caiena e a malagueta.

Romã

Rica em vitamina C, ácido fólico e antioxidantes, componentes que aumentam a produção de óxido nítrico, contribuindo para a vasodilatação, a função erétil, o desejo sexual e a melhora da fertilidade, além de auxiliar na manutenção dos níveis dos hormônios sexuais estrógenos.

Frutas vermelhas

Morango, amora e framboesa são fontes poderosas de vitamina C e antioxidantes que diminuem a produção de radicais livres. Por isso, ativam o processo de produção de testosterona, além de melhorar o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a circulação e a vasodilatação. Elas têm atuação semelhante à das pimentas vermelhas, causando maior relaxamento nas mulheres e melhorando a ereção e produção de espermatozoides nos homens.

Amendoim

Contém arginina, que aumenta a vasodilatação e, consequentemente, a produção de óxido nítrico, que é responsável por aumentar o prazer nas mulheres e a ereção nos homens. O amendoim também é fonte de vitamina B3, que estimula a libido, e de vitamina E, cuja deficiência causa menor produção de hormônios sexuais, alterações no sistema reprodutivo, degeneração dos testículos e supressão da fertilidade. Também apresenta zinco, que favorece a melhor qualidade dos espermatozoides.

Frutos do mar

Contam com fósforo e zinco, minerais que estimulam e aumentam a produção de testosterona e de espermatozoides, além de reduzirem a produção de prolactina (hormônio ligado à impotência). São componentes que também estimulam a secreção de lubrificação vaginal. As ostras, em especial, contam com ácidos graxos ômega 3, que estimulam a libido e a circulação sanguínea.

Ovos

Têm zinco, nutriente envolvido com a produção de testosterona, hormônio de extrema importância para o despenho sexual masculino e que, nas mulheres, incentiva o desejo e ajuda na fertilidade. As vitaminas do complexo B dão mais energia e ajudam a equilibrar os hormônios. Os ovos de codorna, além de grande valor energético, estão relacionados a uma maior qualidade do sêmen e a um aumento da chance de implantação do embrião, minimizando riscos de aborto.

Aspargos

Ricos em ácido fólico, importante nutriente relacionado ao aumento da produção de espermatozoides. Com muito folato e vitamina B, que aumentam os níveis sanguíneos de histamina, os aspargos auxiliam no nível de excitação feminina, aumentando a chance de orgasmo, e atuam nos tratamentos contra disfunção erétil.

Castanha-do-pará

Além da arginina, que estimula a vasodilatação, permitindo ereções mais potentes e mais prazer às mulheres, apresenta selênio em abundância. Essa substância preserva o DNA, os óvulos e os espermatozoides dos efeitos nocivos dos radicais livres. O consumo insuficiente em homens está associado a uma menor contagem de espermatozoides. Já o zinco auxilia na produção de testosterona, que incentiva a libido e a fertilidade masculina.

Linhaça

Semente fonte de fitoestrógenos (substâncias parecidas aos hormônios femininos), ajuda na libido feminina e no equilíbrio dos níveis hormonais. É ótima, em especial, para mulheres no período do climatério e da menopausa. Conta também com ômega 3, que aumenta o fluxo sanguíneo e contribui para a lubrificação de mucosas.

Banana

Ao combinar carboidratos, vitamina B, magnésio e potássio, auxilia nas contrações musculares e previne aquela cãibra indesejada na hora do sexo. Contém ainda triptofano, precursor da serotonina, o neurotransmissor relacionado ao bem-estar e ao prazer. A vitamina B6 presente na fruta ajuda a reduzir os níveis de prolactina, hormônio que reduz o apetite sexual.

Espinafre

Fonte de vitamina E, essencial para a produção dos hormônios sexuais e que favorece também o fluxo sanguíneo da região dos órgãos sexuais.

Maca peruana

Tem o poder de aumentar a energia e disposição. Seus nutrientes e vitaminas agem sobre o hipotálamo e as glândulas suprarrenais que compõem o sistema endócrino, regulando a produção de hormônios e as funções reprodutivas.

Abacate

Seu nome, dado pelos astecas, significa literalmente "testículos" devido à forma pela qual o fruto fica pendurado na árvore. O abacate é uma fruta nutritiva rica em proteínas, vitamina A, potássio e ácidos graxos não essencias, que ajudam o corpo a produzir testosterona e estimulam o desejo sexual.

Fontes: Clarissa Hiwatashi Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e nutricionista do Departamento de Nutrição da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica); Daniela França Gomes, nutróloga do HCor (Hospital do Coração), de São Paulo (SP); Débora Copelli de Lima, nutricionista esportiva e clínica, de São Paulo (SP); Gabriel Cairo Nunes, nutrólogo, membro especialista da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) e membro da IFSO (Federação Internacional de Cirurgia Bariátrica), de São Paulo (SP); Juliana Zanetti, nutricionista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo); Ricardo Zanuto, educador físico, nutricionista e mestre em fisiologia humana pelo ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo).


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