25/04/2024 - Edição 540

Especial

Rede de ódio

Publicado em 04/12/2020 12:00 -

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O sigiloso inquérito dos atos antidemocráticos aberto em abril para apurar a organização e o financiamento de manifestações contra a democracia revela que um negócio muito lucrativo estava por trás dos protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso. Mas o que mais causou surpresa foi a descoberta de que informações usadas por uma rede de canais no YouTube, investigados por promover esses atos no País, saíram de dentro do Palácio do Planalto.

A conclusão consta de inquérito com 1.152 páginas, ao qual o jornal O Estado de SP teve acesso. Após sete meses de diligências, as apurações mostraram os elos e a convivência harmoniosa da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com os youtubers do “gabinete do ódio”, núcleo palaciano que adota um estilo beligerante nas redes sociais. No fim da manhã desta sexta (4), o governo afirmou em nota que  está prestando esclarecimentos à Justiça e chama de 'ilação' ligação com rede do ódio

A existência desse grupo, com essa denominação, foi revelada em setembro de 2019. Trabalhando a poucos metros do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, o assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz e o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens, são os interlocutores do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, dentro do Planalto.

Tércio é apontado no inquérito dos atos antidemocráticos como elo entre o governo e os youtubers, que possuem acesso privilegiado a Bolsonaro e informaram faturamento de mais de R$ 100 mil por mês. Integrante do “gabinete do ódio”, Tércio repassa vídeos do presidente e participa de grupo de WhatsApp com os blogueiros para “discutir questões do governo”, segundo disse em depoimento à Polícia Federal. Cid, por sua vez, admitiu que, como “mensageiro” de Bolsonaro, leva e traz recados de Allan para ele. O blogueiro atua como uma espécie de representante das demandas dos demais canais.

A investigação feita pela Polícia Federal em inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ainda não terminou, mas já atormenta Bolsonaro por fechar o cerco sobre a militância digital bolsonarista. Até agora, foram ouvidas mais de 30 pessoas, entre as quais o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), apontado como comandante do “gabinete do ódio”, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente.

“A propaganda de conteúdo extremista no campo digital culmina, de fato, em ações subsequentes: as manifestações reais contra o Estado Democrático de Direito, criando um ciclo que se realimenta, com a difusão das manifestações pelos canais de internet dos produtores, que, por sua vez, são alardeados e replicados em perfis pessoais de redes sociais de agentes do Estado, gerando mais visualizações (difusores)”, constatou a Polícia Federal, em relatório de 9 de julho.

Não passou despercebido dos investigadores que, no período dos protestos antidemocráticos, alguns com a presença de Bolsonaro, vídeos com títulos apelativos pipocaram nas redes sociais. Nessa lista estavam “Bolsonaro rebate conspiradores”, “Bolsonaro dá ultimato para sabotadores e intromissões”, “Bolsonaro invade STF”, “A Força de Bolsonaro é maior que Congresso e STF”, “Bolsonaro e Forças Armadas fechados em um acordo para o Brasil” e “STF decidiu eliminar Bolsonaro”, como registrou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Com o objetivo de lucrar, estes canais, que alcançam um universo de milhões de pessoas, potencializam ao máximo a retórica da distinção amigo-inimigo, dando impulso, assim, a insurgências que acabam efetivamente se materializando na vida real, e alimentando novamente toda a cadeia de mensagens e obtenção de recursos financeiros”, disse o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, em manifestação ao STF.

Com atos contra democracia, canais bolsonaristas aumentaram inscritos e lucros

O número de inscritos de onze canais sob investigação aumentou 27% no total, de 6,7 milhões para 8,5 milhões, entre 1º de março e 30 de junho. O período coincide com o das manifestações antidemocráticas. De julho até o fim do mês passado, quando já não havia mais protestos, os canais cresceram apenas 6%.

Nos interrogatórios, a PF tem questionado se os donos de canais são “laranjas” de terceiros. Foi o que ocorreu no depoimento prestado por Anderson Azevedo Rossi. O criador do canal Foco do Brasil respondeu que não repassa dinheiro recebido de monetização do YouTube a outros. Rossi afirmou, porém, que recebe ajuda de Tércio Tomaz para abastecer a sua página.

Por meio do WhatsApp, disse ele, o assessor repassa vídeos de Bolsonaro. Tércio está sempre ao lado do presidente. Filma suas conversas de forma imperceptível e procura flagrar situações que possam constranger quem o incomoda.

Com 2,3 milhões de seguidores no YouTube, Rossi teve uma guinada na carreira desde a ascensão de Bolsonaro. Recebia um salário de R$ 3,5 mil como técnico de informática em sua cidade, Canela, no Rio Grande do Sul. Agora, com os recursos da monetização – a remuneração que o YouTube paga por anúncios publicitários nos canais – faturou com o Foco do Brasil US$ 330.887,08 entre março de 2019 e maio de 2020, o equivalente a R$ 1,7 milhão na cotação atual de câmbio. É um valor aproximadamente 33 vezes maior do que ganhava na função anterior. Rossi chegou a instalar uma sala física do canal em Brasília.

Em depoimento à PF, Tércio negou dar tratamento diferenciado aos donos de canais no YouTube que orbitam em torno de Bolsonaro. Admitiu, porém, ter participado de um grupo de WhatsApp com Allan dos Santos para discutir questões do governo federal. Allan, por sua vez, disse que recebe R$ 12 mil por mês, na condição de “sócio” do Terça Livre, também obtidos por meio de monetização, segundo depoimento prestado à PF. 

Já Fernando Lisboa, do Vlog do Lisboa, fatura de R$ 20 mil a 30 mil por mês. Emerson Teixeira, do canal “Professor Opressor”, informou que tem rendimento mensal de R$ 11 mil. Foco do Brasil, Terça Livre e Vlog do Lisboa veicularam propaganda da reforma da Previdência, paga pela Secretaria de Comunicação (Secom). Exibiram, respectivamente, 57.044, 1.447 e 2.081 inserções publicitárias no YouTube, de acordo com informações enviadas pela Secom à CPMI das Fake News no Congresso, no período de 6 de junho a 13 de julho de 2019.

A lista de canais que difunde o discurso do “gabinete do ódio” inclui ainda a Folha Política, de Ernani Fernandes Barbosa e Thaís Raposo, que informaram rendimento no YouTube de R$ 50 mil a 100 mil por mês. A dupla também é dona da Novo Brasil Empreendimentos e da Raposo Fernandes Marketing Digital, que já prestaram serviços de marketing a políticos alinhados a Bolsonaro. Antes do sucesso no YouTube, o casal teve 68 páginas e 43 contas derrubadas pelo Facebook, durante a eleição presidencial de 2018. As páginas faziam parte de uma rede de disseminação de desinformação, que violou políticas de autenticidade ao criar endereços falsos e múltiplas contas.

Ao todo, 11 canais, incluindo também o Direto aos Fatos, de Camila Abdo, e o TV Direita News, de Marcelo Frazão, continuam sendo investigados por disseminação de conteúdo contra as instituições. Um deles, da extremista Sara Giromini, foi excluído do YouTube por ferir normas. Outro, do jornalista Oswaldo Eustáquio, não está mais disponível para acessos no Brasil. Os números de inscritos dos canais que seguem ativos, somados, atingem 9,1 milhões.

PF investiga se canais que faturam mais são de 'laranjas' do Planalto; Carlos Bolsonaro nega

Em mais de um depoimento tomado no inquérito dos atos antidemocráticos, a Polícia Federal questionou se o filho 02 do presidente, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro, e integrantes do governo estavam por trás dos canais do YouTube que disseminaram discurso antidemocrático. Os investigadores procuraram saber, também, se os proprietários desses canais repassaram recursos de monetização a terceiros e se atuam como “laranjas”. As respostas foram negativas.

Também foram feitos questionamentos sobre eventual “dissimulação da identidade” e criação de perfil em nome de terceiros “para qualquer fim”. As perguntas indicam que a PF busca comprovar se os milhões arrecadados pela “rede do ódio”, por meio dos vídeos que divulga no YouTube, são divididos com servidores do governo e agentes políticos, que alimentam esses canais com vídeos e informações de dentro do Palácio do Planalto. 

Depoimentos coletados pela Polícia Federal indicam que os donos dos canais demonstram interesse pelo acesso aos “bastidores do poder”. Isso ajuda a fidelizar o público e aumentar a audiência, além do lucro das páginas. As próprias transmissões ao vivo de Bolsonaro nas redes sociais, executadas com as imagens recebidas de forma privilegiada pela EBC, ajudam a atrair milhares de internautas e impulsionam os lucros das plataformas.

Segunda franquia mais rentável entre os canais bolsonaristas, a Folha Política tinha 1,65 milhão de inscritos no início de março. Hoje está com 2,19 milhões, um salto de 32%.  Já o Foco do Brasil contou com a ajuda de um funcionário da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para obter, como se fosse uma emissora de televisão, as imagens de Bolsonaro e de eventos oficiais gerados pelo satélite Amazonas 3. 

Anderson Rossi disse à PF que “recebeu as informações técnicas, de como acessar o satélite”, do gerente de operações da rede pública, identificado por ele apenas como “Bill”. Rossi também relatou ter recebido, por meio de outro funcionário da TV Brasil, as senhas de acesso às imagens feitas pela emissora pública.

Com a transmissão em tempo real de imagens do presidente, Rossi ampliou a base de inscritos do canal, principalmente em março, abril, maio e junho, quando se multiplicaram as manifestações de apoiadores bolsonaristas pedindo o fechamento do Congresso, intervenção militar, com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Gengis House”: o grupo de WhatsApp de Allan dos Santos 

Nos depoimentos, parlamentares bolsonaristas admitiram participação em reuniões na casa de Allan dos Santos e no grupo de WhatsApp chamado “Gengis House”, criado pelo blogueiro para organizar esses encontros. Paulo Eduardo Martins (PSC), por exemplo, disse que o espaço servia para abordar “temas políticos, de comunicação, além de acontecimentos e assuntos de interesses gerais que tinham repercussão”.

Responsável pela “execução da agenda oficial e privada do Presidente da República, bem como pelo atendimento de suas necessidades diretas e imediatas”, o ajudante de ordens Cid, por sua vez, disse em depoimento à PF que, na sua função, é comum intermediar contato de terceiros com o Presidente da República, já que as pessoas reconhecem sua função como sendo a “de um mensageiro”.

Para o ajudante, trata-se de uma via de “mão dupla”, ou seja, ele também repassa mensagens a outras pessoas a mando de Bolsonaro. 

À PF, no entanto, Cid afirmou que não produz qualquer relatório desses contatos, diante da “dinâmica da sua função” e “da grande quantidade de demanda de mensagens, não é viável a confecção de relatório ou documento similar”. Dessa forma, os investigadores não teriam como saber detalhes das conversas e contatos intermediados pelo mensageiro.

A troca de mensagens entre o coronel e o blogueiro é frequente, segundo a interceptação da PF. No dia 6 de maio, por exemplo, Allan cita decisões do STF que intimam ministros militares a depor (sobre a acusação de interferência de Bolsonaro na PF) e afirma: “Não dá mais…”. Cid respondeu: “Ta difícil”. À PF, o mensageiro justificou que foi uma manifestação pessoal sobre a forma como os generais foram intimados, pois, segundo ele, o fato causou um desconforto no meio militar.

Carlos Bolsonaro é citado 43 vezes no inquérito dos atos antidemocráticos

Carlos Bolsonaro é citado 43 vezes no inquérito dos atos antidemocráticos. Ao longo dos depoimentos de testemunhas e investigados, os agentes da Polícia Federal deixam transparecer um cerco ao filho 02 do presidente Jair Bolsonaro. Eles levantam a possibilidade de o parlamentar estar “ajudando” e “cooperando” com os canais suspeitos de ataques às instituições e ao regime democrático.

A polícia investiga também se, durante a campanha presidencial de 2018, assessores do gabinete de Carlos na Câmara do Rio atuavam no impulsionamento de páginas do pai dele nas redes sociais. 

Confrontado pela PF, o assessor Tércio Arnaud Tomaz admitiu ter trabalhado para Jair Bolsonaro durante o período em que esteve empregado no Legislativo Municipal, mas alegou que a atuação era “voluntária” e fazia por “iniciativa própria” a gestão das páginas do candidato.

Mesmo recebendo pela Câmara, Tércio disse que “continuou a cuidar do Blog ‘Bolsonaro Opressor’” como uma forma de ajudar”. A página chegou a ter 1,5 milhão de seguidores e foi “derrubada” pelo Facebook por infringir as regras da rede.

Outro assessor especial da Presidência, José Matheus Sales Gomes confirmou à PF que trabalhou na campanha eleitoral do candidato a presidente. No dia 11 de setembro, ele alegou também ter atuado "voluntariamente” e sem “remuneração” nas estratégias de rede social.

A PF ainda investiga se os assessores do Palácio do Planalto vinculados ao “gabinete do ódio” têm recebido ordens de Carlos. Por sua vez, José Matheus admitiu que auxilia de “forma eventual” o vereador, por este ser o administrador de contas de redes sociais do pai. Já Mateus Matos Diniz, um terceiro integrante do gabinete, disse, a 22 de setembro, que “nunca” trabalhou para o filho do presidente.

Em setembro, o jornal O Globo divulgou que os agentes apuravam se Carlos Bolsonaro e integrantes do “gabinete do ódio” se reuniram, no Palácio do Planalto, para combinar detalhes dos depoimentos que seriam prestados no âmbito do inquérito. 

José Matheus foi um dos questionados: “Indagado quando foi a última vez que conversou com Carlos Bolsonaro, respondeu que na data de hoje no período da manhã”, mas, ainda segundo o depoimento, “não conversaram sobre o detalhes da oitiva de Carlos Bolsonaro”. O próprio Tércio também admitiu ter se encontrado com o vereador no dia do depoimento. “Indagado quando foi a última vez que conversou com Carlos Bolsonaro, respondeu que almoçou com ele na data de hoje”, destaca trecho do inquérito.

A 10 de setembro, Carlos Bolsonaro prestou depoimento na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio. O vereador disse que nunca utilizou verba pública para manter canais e perfis em redes sociais nem é “covarde” ou “canalha” para contratar “robôs”.

ENTENDA O QUE É O INQUÉRITO DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em 21 de abril deste ano por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação mira a organização e o financiamento de atos antidemocráticos por todo o País. 

A decisão de Moraes foi tomada após o presidente Jair Bolsonaro participar de protesto em Brasília, marcado por faixas e palavras de ordem contra o Congresso e a favor de uma intervenção militar. Ao determinar a abertura do inquérito, Moraes concluiu que o episódio é “gravíssimo”, pois atenta contra o Estado Democrático de Direito brasileiro e suas instituições republicanas. 

Qual o atual estágio das investigações do inquérito dos atos antidemocráticos?

Segundo fontes que acompanham o caso, a maior parte das atividades de investigação já foi concluída. Não há previsão de quando o relatório do inquérito será finalizado pela PF.

O presidente Jair Bolsonaro é investigado neste inquérito?

Não. Ao pedir ao Supremo a abertura de investigação, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que os atos antidemocráticos foram cometidos “por vários cidadãos, inclusive deputados federais”, mas não mencionou a participação de Bolsonaro. O envolvimento de parlamentares foi utilizado por Aras para justificar que a investigação, que corre sob sigilo, seja mantida no STF.

O que Bolsonaro disse, em 19 de abril, ao participar de ato antidemocrático na frente do quartel general do Exército, em Brasília?

Bolsonaro elevou o tom do confronto com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e, diante do Quartel- General do Exército, pregou o fim da “patifaria” em uma manifestação que pedia intervenção militar no País. 

Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um novo AI-5, o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

“Nós não queremos negociar nada. Queremos é ação pelo Brasil”, disse Bolsonaro, aplaudido por centenas de manifestantes. “Chega da velha política! (…) Acabou a época da patifaria. Agora é o povo no poder. Vocês têm a obrigação de lutar pelo País de vocês”. 

Por quais crimes os nomes no inquérito dos atos antidemocráticos podem ser condenados?

Os proprietários de canais que orbitam em volta do Planalto, deputados bolsonaristas e empresários podem vir a ser denunciados por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (LSN), como fazer propaganda de “processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social” ou incitar “à subversão da ordem política ou social” e “à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições”.

Por que o ministro Alexandre de Moraes é o relator dos três inquéritos que atormentam o Planalto: o dos atos antidemocráticos, o das fake news e o que investiga a interferência indevida de Bolsonaro na PF?

É uma coincidência. Aberto a pedido da PGR, o inquérito dos atos antidemocráticos foi distribuído a Alexandre de Moraes por sorteio eletrônico. Nas palavras de um integrante da Corte, foi a “mão de Deus”. 

O mesmo ocorreu com o inquérito que apura a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal – o caso foi redistribuído a Moraes após a aposentadoria de Celso de Mello, que deixou o tribunal em outubro. 

Já o inquérito das fake news, é um caso à parte: foi autorizado (antes dos outros dois casos) por determinação do então presidente do STF, Dias Toffoli, que escolheu a dedo Alexandre de Moraes para conduzir o caso. Esses três processos são os que mais atormentam o Palácio do Planalto, por fechar o cerco sobre aliados do presidente, o gabinete do ódio e a militância digital bolsonarista.


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