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CCXP abre nesta sexta edição virtual que pretende atingir 100 milhões de pessoas

Publicado em 04/12/2020 12:00 -

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Em um palco instalado na cratera aberta pela queda de um meteoro, algumas das principais novidades de Hollywood e também de produções brasileiras serão reveladas desta sexta-feira até este domingo. Esse anfiteatro maluco, chamado de Thunder Arena, porém, só existe dentro de um ambiente digital criado pela CCXP Worlds, versão on-line da CCXP, ou Comic Con Experience, o maior evento de cultura pop e quadrinhos do planeta.

Com a pandemia, a edição presencial, realizada na capital paulista desde 2014, foi substituída pelo novo modelo. E, se no ano passado, 280 mil pessoas passaram pelo centro de convenções São Paulo Expo durante os quatro dias do evento, agora, sem o limite de lotação de salas e com “entradas” mais baratas, a expectativa de público é muito maior.

— A gente já passou o evento físico no número de ingressos vendidos — afirma Pierre Mantovani, CEO da CCXP.

Em 2019, os passes iam de R$ 180 a R$ 8 mil, e mesmo assim, segundo a organização, todos se esgotaram. Neste ano, há três tipos de acesso: gratuito, mediante cadastro (para ver a programação ao vivo), a R$ 35 (para ver a programação quando quiser) e a R$ 450 (o que inclui itens de colecionador e outros extras).

As mesas com apelo internacional serão transmitidas ao vivo também pelo Facebook. Com isso, o evento projeta que vá alcançar 100 milhões de pessoas mundo afora — 40 milhões no Brasil e o restante em outros 50 países.

Se a expectativa se confirmar, a estratégia, que Mantovani chama de “tiro de canhão”, deve aproximar a CCXP do Super Bowl, o evento com maior audiência dos EUA. Em 2020, foram 102,1 milhões ligados na final do campeonato de futebol americano.

A aposta alta se apoia nos nomes fortes da programação, como os escritores e quadrinistas Neil Gaiman (convidado de honra, que falará sobre a carreira e a adaptação de obras como “Sandman”) e Art Spiegelman; os diretores Joe e Anthony Russo (de “Vingadores: Ultimato”, que contarão seus futuros projetos); e os atores Andy Garcia (em painel sobre a nova versão da terceira parte de “O poderoso chefão”), Jessica Chastain, Penélope Cruz (ambas na produção “As agentes 355”), Milla Jovovich (de “Monster hunter”) e Alice Braga (de “Eduardo e Mônica”, longa de René Sampaio baseado na música da Legião Urbana). Conheça mais destaques da agenda aqui.

Para fugir “daquela cara de reunião de Zoom que ninguém aguenta mais”, como explica, rindo, o diretor de marketing, Roberto Fabri, a CCXP apostou forte na computação gráfica. E criou essas paisagens surreais em que os apresentadores de carne e osso aparecerão inseridos. As principais referências vieram dos games, mais especificamente de “Fortnite” e “League of legends”.

Como neles, navega-se por um mapa em que cada pedaço de terra é um “mundo” a ser adentrado, com atividades diferentes. Há desde entrevistas com celebridades a competições de eSports, passando pelos já clássicos desfiles de cosplayers. Para uma melhor experiência, os organizadores alertam: é melhor deixar o celular de lado e acessar o evento pelo computador mesmo.

O visual pode lembrar o festival de música eletrônica Tomorrowland, que também teve edição virtual em 2020. A CCXP, no entanto, enfrenta um desafio técnico maior, já que não é toda gravada e editada. Cerca de 60% da programação será ao vivo, explica Tati Leite, diretora de efeitos especiais.

— Isso é só o começo, é só um uso da tecnologia. Não tenho dúvida de que daqui para frente vamos ver isso cada vez mais aprimorado e adaptado, com outras propostas — avalia a brasileira que construiu seu currículo em Hollywood, trabalhando em filmes como “Capitã Marvel”, “Animais fantásticos” e “O rei leão”.

Uma das ideias é a personalização dos avatares dos espectadores, como existe para os personagens dos jogos. A proposta já está sendo estudada para o ano que vem, quando a CCXP espera funcionar de forma híbrida, com a plataforma virtual e com a edição tradicional, sem medo de aglomeração.

CCXP Worlds

Onde: no site ccxp.com.br e na página facebook.com/Omelete.

Quando: desta sexta, a partir de 13h30, a domingo (em horários variados).

Quanto: há opções de ingressos gratuitos (com acesso mais limitado) e pagos (de R$ 35 a R$ 450, este último com direito a brindes de colecionadores).


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