28/03/2024 - Edição 540

Comportamento

No Setembro Amarelo, CVV reforça a importância de conversar

Publicado em 09/09/2020 12:00 -

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Chegamos ao mês de setembro de um dos anos mais estranhos de nossas vidas, mas além de todos os problemas envolvendo o novo coronavírus, não podemos deixar de falar da prevenção ao suicídio da campanha Setembro Amarelo. Desde 2015, este é o mês em que veículos de comunicação, instituições públicas e privadas dedicam um tempo para a realização de debates, oficinas e eventos sobre o tema.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o suicídio é a segunda principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Cerca de 800 mil pessoas morrem por essa causa todos os anos. E falar sobre o tema, deixar de tratar a saúde mental como um tabu, é muito importante.

O Setembro Amarelo foi criado no Brasil por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A escolha deste mês aconteceu porque no dia 10 de setembro é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, criado pela OMS em 2013.

Neste ano, uma das instituições mais conhecidas na promoção da prevenção ao suicídio e valorização da saúde mental, o CVV, reforça que pessoas precisam de pessoas e o que é importante conversar sempre. Principalmente quando se precisa de ajuda.

A campanha da associação lembra que a vontade de morrer não é algo que aparece de repente e que o suicídio é uma última e desesperada tentativa de comunicação de um sofrimento que não parece ter fim. Por isso conversar com alguém disponível para ouvir pode ajudar (e muito). Você pode começar buscando sempre a ajuda de um amigo, parente ou colega.

E também é importante estar atento e disposto a ouvir os amigos que querem conversar. Neste momento, é importante praticar a escuta ativa e sem julgamentos. “Se a pessoa te procurou pra contar alguma coisa, ela está confiando em você, então ela espera que você a escute de verdade e compreenda. Muitas vezes ela vai contar coisas que não fazem parte do seu dia a dia e que talvez não tenham importância pra você mas têm pra ela”, afirmou Adriana Rizzo, voluntária do CVV há 20 anos em entrevista ao HuffPost.

“Então, nesse momento, que a gente possa evitar criticar, julgar, sem condenar o que ela está te falando. Poderia ser um ganho se a gente conseguisse fazer isso no dia a dia, o que não é fácil”, diz Adriana.

Claro, nem sempre uma conversa com um amigo vai resolver o problema e talvez seja importante buscar ajuda profissional. Um bom terapeuta vai trazer mudanças positivas para a forma como você se relaciona com a vida.

Para escolher o atendimento correto para você, é importante que o consultório seja de fácil acesso (físico ou remoto), que a pessoa que vá te atender tenha experiência com problemas como os seus e te deixe tranquilo. Leia mais aqui sobre como escolher o terapeuta ideal.

Caso você ou alguém que você conheça precise de ajuda, ligue gratuitamente para 188, ou converse por chat, Skype ou mande um e-mail pelo site cvv.org.br. Você também pode enviar uma carta para um posto de atendimento, veja o endereço da sua cidade neste link.

O Centro de Valorização da Vida foi fundado em São Paulo em 1962 como uma associação civil sem fins lucrativos e em 1973 foi reconhecido como Utilidade Pública Federal. A instituição presta serviço voluntário e gratuito e é muito conhecida por trabalhar com prevenção ao suicídio, mas seu foco é no apoio emocional.
O atendimento é feito 24 horas por dia de forma anônima, ou seja, os voluntários não vão perguntar sequer o nome para quem liga em busca de uma escuta.

São cerca de 3.400 voluntários de 24 estados que realizam por volta de 250 mil atendimentos por mês. A maior parte das ligações dura mais de uma hora, mas os voluntários estão disponíveis para conversar o tempo que for necessário.


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