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Suécia reconhece o Estado da Palestina

Publicado em 31/10/2014 12:00 -

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O governo sueco reconheceu na última quinta-feira (30) o Estado da Palestina. É o primeiro país ocidental da União Europeia (UE) a tomar esta decisão.

"Hoje, o governo toma a decisão de reconhecer o Estado da Palestina. É um passo importante que confirma o direito dos palestinos à autodeterminação", afirma a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallström, em um artigo publicado no jornal Dagens Nyheter.

"O governo considera que estão reunidos os critérios do direito internacional para um reconhecimento do Estado da Palestina: um território, mesmo sem fronteiras fixas, uma população e um governo. Esperamos que isto mostre o caminho a outros", completa a ministra.

O presidente palestino, Mahmud Abbas comemorou a decisão e pediu a outros países que sigam o exemplo.

Israel reagiu a decisão sueca com críticas duras. "É uma decisão deplorável, que reforça os extremistas e a política de rejeição dos palestinos", afirmou em um comunicado o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman.

Ingleses

O Parlamento britânico votou no último dia 13 a favor do reconhecimento de um Estado palestino. A decisão, no entanto, não tem efeito prático sobre a política do governo britânico, tendo apenas caráter simbólico.

A votação, precedida por uma discussão que durou cinco horas, terminou em 247 votos favoráveis e 12 contrários à afirmação: "Esta Casa acredita que o governo deveria reconhecer o Estado da Palestina ao lado do Estado de Israel como contribuição para uma solução negociada de dois Estados".

O governo do Reino Unido não considera a Palestina um Estado, mas diz que poderia fazê-lo se acreditasse que essa decisão ajudaria nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

O governo de Israel afirmou que a votação do Parlamento britânico a favor do reconhecimento do Estado da Palestina mina a perspectiva de paz. "Um reconhecimento internacional prematuro envia aos dirigentes palestinos a mensagem alarmante de que podem evitar as decisões difíceis que as duas partes devem tomar e mina as possibilidades de alcançar uma paz verdadeira", afirmou um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

A Autoridade Palestina elogiou a votação, que chamou de "passo importante em direção à justiça e à paz".

"Nosso direito à autodeterminação não é objeto de negociações", afirma em um comunicado em nome da Autoridade Palestina Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

Pelo menos 112 países reconhecem o Estado da Palestina. A Autoridade Palestina afirma que são 134, incluindo sete membros da União Europeia que teriam feito o reconhecimento antes de entrar para o bloco: República Tcheca, Hungria, Polônia, Bulgária, Romênia, Malta e Chipre.


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