29/03/2024 - Edição 540

Campo Grande

Prefeitura se prepara para enfrentar a Chikungunya

Publicado em 24/10/2014 12:00 -

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Limpeza e informação serão as ações mais importantes nesse momento para o combate ao vírus da Chikungunya em Campo Grande que já tem um caso confirmado da doença. Na última quinta-feira (23) foi dado o primeiro passo para a configuração de um plano de ação que visa evitar uma epidemia da doença na capital. A intenção é montar uma verdadeira operação de guerra ao mosquito Aedes aegypti. Para isso, representantes do recém-criado Gabinete de Gestão Integrada de Saúde (GGIS) – formado por 16 órgãos – se reuniram no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul – ao lado da Casa da Esplanada. Neste primeiro encontro, que contou com a presença do prefeito Gilmar Olarte, foi repassada a preocupação com as consequências da doença e a importância da divulgação da gravidade para a população.

Nesta reunião, a diretora de Vigilância em Saúde da Sesau, Marcia Dal Fabbro relatou os detalhes da doença, sua origem, transmissão e, principalmente, os motivos da preocupação do poder público com a doença que diferente da dengue possui a fase crônica que pode chegar a três anos. O comprometimento pode chegar às articulações com redução do movimento e fortes dores no corpo, lesões na pele e fraqueza muscular. A diretora destacou que a doença traz sérias consequências podendo evoluir rapidamente pelo potencial de replicação do vírus.

“Como podem ver o assunto é muito sério. Estamos tratando de um vírus que traz sérias consequências pela sua evolução e por isso não podemos perder tempo. Não vamos medir esforços para agir no combate aos depósitos que oferecem risco de proliferação do mosquito”, salientou o prefeito durante o encontro. De acordo com Olarte, a logística será extremamente importante nesse momento em que limpeza e conhecimento serão fortes armas para o combate da doença.

Ações

Daqui a uma semana, mais de 1.400 agentes comunitários e os quase 500 agentes de saúde e de endemia estarão em força-tarefa indo aos bairros visitando as casas e comércio para alertar quanto à gravidade da Chikungunya. Para detalhar os riscos da doença e passar detalhes sobre a transmissão, eles estarão munidos de folhetos que serão distribuídos à população.

Inicialmente serão distribuídos cerca de 300 mil folders. “Não tem outra maneira de combater a doença a não ser com a limpeza e os agentes de saúde e comunitários já nos reportaram que a situação é grave e que praticamente toda a cidade possui focos para o mosquito. “As pessoas precisam entender que uma epidemia de Chikungunya pode ser desastrosa”, alertou Marcia.

Junto com a disseminação da informação sobre a doença, seguirão ações de limpeza da cidade e serão necessários esforços do poder público com a participação de diversas secretarias municipais e da sociedade civil organizada, além do apoio do Exército, Aeronáutica, Polícia Militar, Polícia Federal, Defesa Civil do município e do Estado, Corpo de Bombeiros, entre outros órgãos.

De acordo com o secretário de Governo, Rodrigo Pimentel que coordenou a primeira reunião do GGIS, será necessária uma verdadeira força de guerra para combater a doença e evitar que o risco de uma epidemia. “O GGIS terá reuniões periódicas e irá montar uma operação de guerra porque a situação requer toda essa atenção e foco”, alertou.

Junto com o GGIS continua o trabalho do Comitê de Combate à Dengue que já tem reunião marcada para o dia 29 de outubro.


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *