Mato Grosso do Sul
Publicado em 14/05/2020 12:00 -
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Com a ativação, essa semana, de 32 leitos clínicos no Hospital Regional de Cirurgias, Dourados está preparado para atender eventual aumento da demanda de pacientes com a Covid-19 na Região da Grande Dourados. A unidade é referência para 33 municípios em demandas de baixa e média complexidade e procedimentos cirúrgicos.
No total, Dourados conta agora com 171 leitos para pacientes do coronavírus, viabilizados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com o Município, tanto na rede pública quanto em unidades particulares. Destes, 120 são leitos clínicos (108 para adultos e doze para crianças); e 51 são de UTI (48 adultos e três pediátricos).
Além dos 32 que foram estruturados no Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados, os demais leitos clínicos para adultos estão distribuídos da seguinte forma: dezesseis no Hospital da Missão Evangélica Caiuás; 10 no Hospital Evangélico; 19 no Hospital Universitário da UFGD; 26 no Hospital da Vida; e cinco no Hospital Santa Rita. As crianças contam com oito leitos no Hospital Universitário e quatro no Hospital da Missão Caiuás.
Em relação às UTI’s adulto, foram disponibilizadas 13 no Hospital Universitário, 20 no Hospital da Vida, 10 no Hospital Evangélico e cinco no Hospital Santa Rita. As três UTI’s pediátricas estão instaladas no Hospital Universitário.
“Constantemente, estamos buscando alternativas para ampliar a oferta de leitos, tanto clínicos quanto de UTI, para moradores de todas as regiões do Estado, a fim de evitarmos a superlotação nos municípios maiores, como Campo Grande”, salienta o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende.
“No entanto, essa situação confortável não significa que podemos relaxar nas medidas de prevenção e contenção, como é o caso do isolamento social, a fim de evitarmos, o máximo possível, as mortes pela Covid-19”, salienta o secretário.
O Hospital da Grande Dourados
O Hospital de Cirurgias da Grande Dourados pertence ao Governo do Estado e é administrado pelo Instituto Acqua, sob a supervisão da Secretaria de Estado de Saúde. Anteriormente, a unidade atendia somente procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos, mas a partir da pandemia da Covid-19 teve que se adequar para a mudança de fluxo de pacientes.
“Por determinação da Secretaria de Estado de Saúde, reorganizamos o fluxo e dividimos em área assistencial e administrativa. Foi programada uma escala para duas frotas por período, a fim de se otimizar o uso dos equipamentos de proteção individual, EPIs. Estamos com 32 leitos equipados, sendo que dois destes são para estabilização de pacientes”, explica a diretora-geral, Patrícia de Oliveira.
“Realizamos diversos treinamentos para equipe de enfermeiros e médicos, foram providenciados todos os EPIs necessários para a equipe atender a população com segurança. Além disso, ampliamos a equipe médica e contamos com médicos diaristas e plantonistas 24h, se houver alguma intercorrência”, conclui.
Indígenas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) comunicou três casos confirmados de coronavírus em aldeias indígena de Mato Grosso do Sul.
A primeira paciente identificada tem 35 anos, é da aldeia Bororó/Jaguapiru, em Dourados, e está em isolamento domiciliar. A paciente trabalha em um frigorífico do grupo JBS. Logo após ser comunicada do resultado do exame, a SES entrou em contato com a diretoria da empresa, que acionou, de imediato, o plano de contingência interno da empresa.
A SES, a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados, o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) e a JBS estão fazendo o levantamento com as informações de todas as pessoas que tiveram contato com o caso confirmado. Essa rede de contato está sendo avaliada para rastreio e intervenção, tanto da aldeia, como fora dela e fará exames para o covid-19.
O caso traz preocupação considerando que Dourados possui a maior população deste grupo do Estado, totalizando 17,3 mil indígenas. “Toda equipe de saúde está trabalhando para conter o avanço da doença”, reforça o titular da pasta, Geraldo Resende.
A partir destes primeiros casos registrados, o plano de ação da saúde indígena passa para a segunda etapa na qual será feita ampla testagem na população indígena. Não há informações, ainda, sobre os outros dois indígenas contaminados.
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