19/04/2024 - Edição 540

Viver Bem

Estudo investiga se alisamentos e tintas de cabelo aumentam risco de câncer de mama

Publicado em 03/03/2020 12:00 -

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Você pinta o cabelo ou faz alisamentos? Existem várias pesquisas que investigam se esses processos químicos aumentam os riscos de câncer. Por enquanto, a ciência ainda não comprova se essa relação ocorre de modo direto, mas um novo estudo mostrou que mulheres predispostas ao câncer de mama têm uma chance 9% maior de desenvolver a doença quando tingem regularmente o cabelo.

Cientistas dos Estados Unidos fizeram um estudo com quase 46,7 mil mulheres que, devido ao histórico familiar, já tinham maior risco de ter câncer de mama. Eles viram que houve um aumento de incidência da doença tanto naquelas que sempre mantinham os cabelos alisados, quanto nas que usavam tinturas.

A pesquisa incluiu mulheres norte-americanas e de Porto Rico. Entre as participantes brancas, aquelas que usavam tinta permanente uma vez a cada cinco até oito semanas tinham um risco 8% maior de ter câncer de mama.

Já as mulheres que se consideravam afro-americanas e que também usavam tinturas regularmente, as chances de se ter esse tipo de câncer foi 60% maior, quando comparado às participantes da mesma origem étnica que não usavam química capilar.

Quando os pesquisadores analisaram os efeitos dos alisantes em todas as participantes, eles notaram que quem alisava o cabelo tinha uma predisposição para o câncer de mama que era 30% maior, independentemente da cor da pele.

Mas como as estatísticas se referem a um grupo de mulheres que já estavam naturalmente predispostas à doença, os resultados devem ser vistos com cuidado, pois eles não são diretos. “Um risco relativo significa o quão mais disposto um grupo está a desenvolver uma doença em relação à outro determinado grupo”, disseram os especialistas.

Além disso, segundo o co-autor do estudo, Dale Sandler, do setor de epidemiologia do Instituto Nacional da Ciências da Saúde Ambientais, dos EUA, outros elementos também podem contribuir com o surgimento desse tipo de câncer. “Estamos expostos à muitas coisas que podem potencialmente contribuir para o câncer de mama, e é improvável que apenas um fator explique o risco vivido por uma mulher."


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