19/04/2024 - Edição 540

Saúde

O que é coqueluche e por que você precisa se proteger contra ela

Publicado em 11/02/2020 12:00 -

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Febre baixa, coriza, espirros, falta de apetite, mal-estar e, o mais importante, uma tosse que não vai embora. Parece uma gripe, mas pode ser coqueluche. A doença respiratória, também conhecida como pertussis, é caracterizada por acessos de tosses em que o doente fica sem condições de respirar entre eles.

Provocada pela bactéria Bordetella pertussis, a coqueluche foi bastante controlada a partir da década de 1990 graças à vacinação. Quando a cobertura vacinal chegou a quase 100%, entre 1998 e 2000, a incidência baixou de 10,6 casos a cada 100 mil habitantes para 0,9 casos a cada 100 mil no Brasil.

Mas esse cenário voltou a mudar a partir dos anos 2010, com aumento significativo dos casos entre adultos e adolescentes. Entre 2010 e 2014, o número de infectados cresceu 13 vezes no país. Em 2019, estados como Pernambuco tiveram aumento de 101% nos casos da doença. 

Estudos mostram que isso se deve, em grande parte, à falta de imunização — o que é um problema: se no adulto a coqueluche não passa de uma “gripe”, em crianças ela é muito perigosa. O caso é preocupante especialmente em bebês de até 1 ano de idade, que ainda não receberam todas as doses da vacina. Nesses casos, a infecção respiratória pode evoluir para pneumonia, parada respiratória, convulsões e até morte.

A transmissão da bactéria acontece por meio de gotículas eliminadas quando a pessoa fala, tosse ou espirra. Se um adulto infectado faz isso perto de um bebê, portanto, o risco é alto. 

Por isso, é importante se informar e se prevenir. Saiba mais sobre a coqueluche:

Sintomas
No primeiro estágio, que dura até duas semanas, os sintomas parecem com os de um resfriado. No segundo, o mais severo e duradouro, a tosse se torna descontrolada e pode comprometer a respiração. A doença dura entre seis e 10 semanas, dependendo do tratamento.

Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, feito com base nos sintomas, mas exames laboratoriais podem acusar a presença da bactéria em amostras retiradas do nariz e da faringe.

Tratamento
O tratamento é feito basicamente com antibióticos, mas crianças podem precisar ser internadas para prevenir complicações.

Prevenção
A vacinação, especialmente nos pequenos, é a melhor forma de prevenir a doença. A tríplice clássica (DPT), contra difteria, coqueluche (pertussis) e tétano, é parte do Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde. É raro que pessoas vacinadas contraiam a doença, mas em casos de contato íntimo com portadores ou em surtos, é recomendado tomar uma dose extra contra difteria, coqueluche e tétano acelular (DPTa).


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *