19/04/2024 - Edição 540

Campo Grande

Santa Casa de Campo Grande suspende cirurgias eletivas por falta de repasse

Publicado em 30/10/2019 12:00 -

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A Santa Casa de Campo Grande comunicou, no último dia 29, a suspensão das cirurgias eletivas. Cirurgias que não são emergenciais ou são agendadas.

Segundo o diretor do hospital, Esacheu Nascimento, o hospital faz mais de 120 cirurgias por dia. E alegou falta no estoque de medicamentos por flata de dinheiro porque está sem dinheiro.

“Quem tem que nos pagar é o município de Campo Grande. Hoje a dívida está em R$ 18 milhões, e se considerarmos os atendimentos prestados aos servidores públicos municipais através do Instituto Municipal, a dívida é de R$ 24 milhões. Chegamos a um ponto em que nosso estoque só dá para os próximos 7 dias, por isso a suspensão das cirurgias eletivas”, afirmou.

Repercussão na AL

Durante sessão ordinária do último dia 30, o deputado Cabo Almi (PT) repercutiu a suspensão das cirurgias eletivas anunciada pela Santa Casa de Campo Grande. O deputado criticou o atraso de repasses municipais, estaduais e federais. Para Cabo Almi, é preciso priorizar a saúde.

“Fiquei muito preocupado com a suspensão das cirurgias na Santa Casa. O hospital de 24 milhões para receber e está sem recursos. O hospital que é o pulmão da saúde de Mato Grosso do Sul”, alertou o deputado.

Em aparte, o deputado Professor Rinaldo (PSDB), também falou sobre o tema. “Quero me solidarizar com todos que precisam de atendimento. Existem recursos atrasados municipal, estadual e federal, e sabemos que no momento do socorro o cidadão precisa de atendimento. O governo estadual conseguiu equacionar muita coisa num espaço curto de tempo, mas me solidarizo com a preocupação, pois sei das dificuldades do cidadão”, disse o deputado.

Antônio Vaz (Republicanos), por sua vez, falou sobre a necessidade de priorizar investimentos na área da saúde. “Temos acompanhado investimentos em setores que podem esperar. Mas a saúde não pode esperar. Uma pessoa não pode morrer por falta de atendimento. A saúde está péssima em Campo Grande e no estado, precisamos de prioridade”, afirmou Vaz.

Para Lidio Lopes, é preciso ponderar sobre os critérios de investimento e falta de recursos, bem como trabalhar pela saúde também por meio da prevenção. “Nos hospitais, os procedimentos são caros, os profissionais são caros, e esse problema é generalizado. O município passa por dificuldade financeiras, não tem recurso. Nós sabemos que os recursos são divididos entre saúde, infraestrutura e outros setores conforme os critérios da Constituição Federal. O que precisamos é investir na assistência social, que em alguns municípios não chega a contar com 1% da arrecadação. Se a gente investisse mais na assistência social teríamos menos problemas, porque haveria prevenção”, destacou.


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