27/04/2024 - Edição 540

Poder

Bolsonaro piorou relação do Planalto com o Congresso para 32% da população, diz pesquisa

Publicado em 30/08/2019 12:00 -

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Na opinião da maioria da população brasileira, o presidente Jair Bolsonaro não conseguiu melhorar a forma com o Executivo se relaciona com o Congresso Nacional para poder aprovar os projetos que julga importante. Pesquisa divulgada nesta pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA explica que a maior parte dos brasileiros acredita que esse relacionamento é parecido (37,8%) ou até pior (31,9%) que os dos governos anteriores.

A pesquisa de opinião, que também apontou um aumento na parcela da população que desaprova o governo e o desempenho pessoal do presidente, ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios brasileiros nos últimos quatro dias. E mais da metade dos entrevistados disse que o governo tem dificuldade de aprovar a sua pauta no Congresso: 55,6% avaliam que o presidente Jair Bolsonaro não tem conseguido se articular politicamente com o Congresso Nacional para aprovar os projetos que julga serem importantes para o país.

O relacionamento com o Congresso, por sinal, está entre as áreas mais mal avaliadas da atual gestão. O problema foi apontado por 11,2% dos entrevistados. Afinal, só 18,6% dos brasileiros ouvidos pela CNT e pelo MDA acreditam que a relação entre Executivo e Legislativo melhorou nos oito meses do governo Bolsonaro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Eduardo Bolsonaro

Pauta que o governo deve apresentar oficialmente ao Senado nos próximos dias, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada no Brasil nos Estados Unidos também não é bem avaliada pela população. Segundo a pesquisa CNT/MDA, 72,7% dos brasileiros acha que a decisão de Bolsonaro de indicar o próprio filho para a embaixada é "inadequada, pois o presidente não deveria nomear membros de sua família para cargos como esse".

Reformas

Também não há um consenso sobre as reformas apontadas como prioritárias para a população. É que, apesar de o governo e os parlamentares priorizarem a aprovação da reforma da Previdência e da reforma tributária, essas não são as reformas mais esperadas pelos brasileiros ouvidos pela CNT/MDA.

A pesquisa explica que 52,7% dos entrevistados é contra o texto da reforma da Previdência que foi aprovado na Câmara. E só 21,1% deles disseram que a reforma tributária deveria ser a próxima reforma a ser pautada no Congresso. Para boa parte deles, depois da Previdência, o Congresso deveria se debruçar sobre a reforma do Código Penal (24%) e a reforma política (21,3%).


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