28/03/2024 - Edição 540

Campo Grande

Reinaldo Azambuja e Marcos Trad destravam construção de 260 moradias populares

Publicado em 03/04/2019 12:00 -

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O Governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura de Campo Grande selaram mais uma parceria em benefício da população da Capital. Na terça-feira (2), o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito Marcos Trad liberaram R$ 1 milhão de contrapartida para a Caixa Econômica Federal terminar a construção de 260 moradias dos residenciais Rui Pimentel I e II.

“Juntando esforços conseguimos resolver inúmeros problemas. Agora vamos possibilitar a entrega de mais moradias dignas para as pessoas”, destacou o governador Reinaldo Azambuja. “É importante pontuar que com força de vontade conseguimos destravar esse empreendimento que era para estar pronto desde 2016”, completou o prefeito Marcos Trad.

Contratadas em 2012 por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, as obras registraram atrasos e tiveram que ser paralisadas em 2018, com 90% de conclusão, devido a problemas contratuais entre a construtora responsável e o banco, conforme explica a diretora-presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul, Maria do Carmo Avesani Lopez.

“Ano passado a Caixa rescindiu o contrato com a empresa, fez uma nova seleção, atualizou documentos e estava aguardando recursos do Governo Federal, que não conseguiu disponibilizar esse dinheiro até agora. Então, o Governo do Estado e o Município fizeram essa parceria com essa contrapartida complementar para que essas casas pudessem ser entregues à população”, disse.

Moradias

No Rui Pimentel I estão em construção 120 casas com 38,36 m² e quatro casas com 40,12 m². Todas possuem dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Em 2012, o valor contratado para a realização da obra foi de R$ 6,8 milhões, sendo 6,2 milhões da União e R$ 617 mil do Estado. Para a retomada da obra, a Prefeitura da Capital repassou R$ 447,6 mil. Ao todo, a obra terá custo de R$ 7,2 milhões.

No Rui Pimentel II estão em construção 132 casas com 38,36 m² e quatro casas com 40,12 m². Todas têm dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Em 2012, o valor contratado para a realização da obra foi de R$ 7,4 milhões, sendo R$ 6,8 milhões da União e R$ 677 mil do Estado. Para a retomada da construção, o Estado repassou mais R$ 563 mil. Ao todo, o Residencial Rui Pimentel II custará R$ 8 milhões.

Emoção e expectativa

Para Kátia Adriana Amaral Pereira, 49 anos, é grande a expectativa de receber as chaves de sua casa própria. Desde 2013, a beneficiária foi chamada para assinar o dossiê na EMHA e no momento enfrenta uma batalha pela sobrevivência de sua família. “Tenho uma neta com oito anos, portadora de diabetes funcional. A minha filha, mãe da criança, mora comigo, com seus três filhos. No momento, ela está grávida do quarto, que, inclusive, já está para nascer. Como ela tem esquizofrenia, não trabalha e eu preciso cuidar delas. A minha mãe me ajudava muito, mas faleceu há um ano, então as dificuldades aumentaram”, relata.

A beneficiária afirma que agora está a um passo de realizar o sonho de receber sua moradia social. “Eu morava de aluguel e agora estou em uma casa cedida, mas a dona está pressionando para que eu entregue o imóvel. No momento, eu fico mais em casa, pois a minha filha tem crises e não pode tomar a medicação para combater a doença por causa da gravidez. Essa casa vai resolver a minha vida”, diz com convicção.

Já Ana Raquel Rodrigues Nojosa, 28 anos, também enfrenta uma luta com sua filhinha especial. Ela, que não trabalha, pois precisa acompanhar a menina durante os tratamentos necessários, também mora em casa cedida por terceiros. “É a realização de um sonho ser contemplada, que agora vai se concretizar.”

Diane Caroline Medradi Longo, 31 anos, foi selecionada para o Rui Pimentel pela EMHA. Ela trabalha como assistente de educação infantil e aguarda há quatro anos a finalização e entrega do empreendimento. “Hoje eu moro em uma casa cedida pelo meu ex-sogro. Então, a minha expectativa é que estou com mais fé agora. É um sonho que a gente tinha de receber a casa. Com o passar dos anos e com a demora, fui ficando angustiada, mas estou muito feliz porque o pessoal da EMHA está dando essa força para nós. Não dá nem para acreditar que o nosso sonho está mais perto de ser realizado do que a gente imagina”, finalizou.


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