16/04/2024 - Edição 540

Campo Grande

Pacote de obras de R$ 169 milhões contempla recapeamento da avenida Bandeirantes

Publicado em 21/03/2019 12:00 -

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O governador Reinaldo Azambuja assinou nesta semana três convênios com o prefeito Marquinhos Trad da 2ª etapa do “Juntos por Campo Grande”. Serão investidos R$ 169 milhões em infraestrutura para a Capital, incluindo o recapeamento da avenida Bandeirantes, que já está licitado, entre outros projetos de drenagem e mobilidade urbana.

Os recursos são do Município de Campo Grande, por meio de financiamento com o Governo Federal, e do Governo do Estado. Reinaldo Azambuja explicou que ruas e avenidas de Campo Grande precisam de investimento porque sofreram com a ação do tempo.

“Bairros que hoje só têm ruas de terra, terão asfalto novo e drenagem. Em avenidas e ruas importantes – Bandeirantes, Bahia, Calógeras – o asfalto envelheceu. Vamos revitalizar, recuperar e recapear. Então, você vai melhorando a infraestrutura da cidade. Isso é uma parceria importante que o Governo está construindo com Campo Grande, mas também com as outras 78 cidades do Estado”, disse o governador.

O prefeito Marquinhos Trad destacou a importância da parceria e da recuperação de ligações importantes entre o centro e os bairros, em especial a avenida Bandeirantes: “Sem a ajuda do Governo do Estado nós não teríamos condições de iniciar essas obras”, ressaltou Marquinhos. O Governo do Estado repassará R$ 15 milhões de contrapartida. São R$ 9,6 milhões para o PAC Pavimentação, R$ 2,2 milhões para Revitalização e controle de enchente do Córrego Anhanduí e R$ 3 milhões do PAC II – Mobilidade

Com a parceria do Estado, já estão sendo asfaltadas ruas dos bairros Nova Lima, Atlântico Sul, São Francisco, Bellinate, Jardim Seminário, Mata do Jacinto, Sírio Libanês, Vila Nasser, Jardim Anache e José Tavares. Os investimentos em pavimentação ultrapassam a marca de R$ 60 milhões. O convênio também contempla pavimentação, drenagem e recapeamento nos bairros Jardim Anache, Santa Luzia, Jardim Belinatti.

Receberão recapeamento, pavimentação, construção de calçada e sinalização ainda os complexos José Tavares, Atlântico Sul, Seminário, Mata do Jacinto e Altos do São Francisco. Os investimentos também vão facilitar o acesso à Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), com a conclusão da rua Marechal Câmara.

A parceria contempla ainda recapeamento e implantação de corredores de transporte coletivo em grandes avenidas da Capital: Calógeras, da Mato Grosso até a Eduardo Elias Zahran; Gury Marques, da avenida Interlagos até o Terminal Guaicurus; e Rua Bahia, entre a Afonso Pena e Coronel Antonino.

O pacote conta com recapeamento das ruas Tenente Lira e do Seminário, conclusão do recapeamento nas avenidas Tamandaré (a partir do cruzamento com a Avenida Júlio de Castilho) e Euler de Azevedo (trecho Tamandaré/Ernesto Geisel), travessia da drenagem na Avenida Cônsul Assaf Trad, eliminando os alagamentos no trecho próximo ao terminal Nova Bahia; pavimentação da rua lateral da Cônsul Assaf Trad (a partir do Corredor da Nova Lima) e recapeamento de mais um trecho da Cônsul Assaf Trad, até o Atacadão, além de obras de controle de erosão no Parque Sóter.

Corredor boiadeiro

A inclusão do recapeamento da Avenida Bandeirantes no pacote de obras anunciado para Campo Grande pelo governador Reinaldo Azambuja e o prefeito Marquinhos Trad atende ao clamor dos moradores e dos comerciantes daquela importante via-tronco, que nasceu com o bairro Amambai, o primeiro criado na Capital, em 1921.

A região que compreende hoje a avenida e outras vias chamava-se Portão de Ferro – um extenso vazio até o projeto de expansão urbana da cidade, de autoria do engenheiro italiano Camilo Boni. Naqueles primórdios, o traçado original da Bandeirantes era um corredor de chegada das comitivas de boiadas vindas de Ponta Porã, Maracaju e outras praças de pecuária.

Hoje, a avenida é um dos principais eixos de integração rodoviária centro-bairros e sua revitalização, garantida pela parceria do Estado com a Prefeitura, resgata parte da história de Campo Grande e traz alívio para quem mora, tem comércio ou trafega pelo seu traçado – entre as avenidas Manoel da Costa Lima e Afonso Pena – sem manutenção há décadas.

“A última vez que refizeram ao asfalto aqui foi em 1973”, lembra o comerciante Miguel Pereira, 62, dono de uma loja de móveis usados localizada há 30 anos na avenida. “O asfalto hoje derreteu, muitos buracos, não tem drenagem. Quando chove, vira um rio e os acidentes são frequentes”, conta ele, mostrando os defeitos na pista e o acúmulo de água.

Miguel ficou feliz com a notícia sobre o recapeamento. “Se o Governo do Estado entrou nessa obra agora eu acredito que sai”, diz. “O nosso governador (Reinaldo Azambuja) está de parabéns.” O grau de satisfação também pode ser medido na reação do mototaxista Raimundo Marques, 39, que trabalha em um ponto fixo na avenida. “Com o governo ajudando vai sair do papel”.

Projeto de Jaime Lerner

Para a comerciante Juliana Barbosa, que gerencia loja de materiais de construção, a reconstrução da avenida era há muito tempo aguardada para quem utiliza a via. “A Bandeirantes já foi eleita a pior rua de Campo Grande, prejudica o comércio, um risco para quem trafega nela”, observa. “Mas estamos apostando na sua recuperação, vai ser muito bom.”

A obra de conclusão do corredor para transporte coletivo na Avenida Bandeirantes, incluída no pacote de obras anunciado pela prefeitura em parceria com o Governo do Estado, faz parte do plano de transporte e locomoção de massas elaborado pelo arquiteto e urbanista paranaense Jaime Lerner, em 1979. O projeto previa atender mais de 60% da população de Campo Grande.


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