28/03/2024 - Edição 540

Ágora Digital

Eles não respeitam nem o luto alheio

Publicado em 27/02/2019 12:00 - Victor Barone

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Uma criança de sete anos de idade morreu de forma inesperada, vítima de meningite. O horror desta frase deveria ser suficiente para sepultar qualquer senão, qualquer relativização a respeito da dor. A criança em questão chamava-se Arthur Araújo Lula da Silva, era neto do ex-presidente Lula. A dor que ele e seus familiares sentem hoje é a mesma que sentiria qualquer avô, avó, pai ou mãe diante de tragédia tão imensa. No entanto, para alguns, a morte de uma criança e a dor de um avô devem ser tratados como vingança política. Esta gente, vazia de tudo, tão pronta a falar em moral, ética e fé e patriotismo, parece afundada na lama de sua própria desumanidade.

A reação de Eduardo Bolsonaro diante da decisão da Justiça, por exemplo, é de uma pequenez imensa. Escreveu no Twitter coisas assim: "Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado." Normalmente, gente que extrai suas manifestações do fígado não perde a oportunidade de perder uma oportunidade.

Vale dizer que a liberação de Lula para se despedir do neto morto respeitou o ordenamento jurídico e os valores civilizatórios. A Lei de Execuções Penais autoriza os presos a deixarem o cárcere para comparecer, mediante escolta policial, a velórios e enterros de parentes próximos. Os mais elementares sentimentos humanitários indicam que nem um monstro negaria a um avô autorização ver pela última vez o rosto do neto morto.

Há nas redes antissociais uma pregação ideológica odiosa que confunde pena com vingança. Vivemos um processo de coisificação (ou objetificação) de homens e mulheres. Os elementos da vida social perderam seu valor essencial e passaram a ser avaliados como “coisa”, ou seja, quanto a sua utilidade e capacidade de satisfazer certos interesses de outros. O homem desumaniza-se e vira mero espetáculo a outros igualmente desumanizados.

E enquanto desumanizamos o outro para sustentar nossa própria desumanidade, permitimos que gente como uma auto denominada blogueira e youtuber chamada Alessandra Strutzel extravase ódio e ignorância. Ao compartilhar a informação da morte de Arthur, ela escreveu o seguinte comentário: “Pelo menos uma notícia boa”.

Como as redes sociais tem o poder de multiplicar o alcance de belezas e horrores, o post de Alessandra alcançou engajamento no Facebook. Internautas entraram em seu perfil não só para criticá-la, mas para procurar entender a origem de tanta crueldade. Alessandra não aguentou a pressão e apagou a postagem. Em seguida, divulgou um comunicado com uma justificativa que não convenceu ninguém.

“Espero que me desculpem. Quero que todos saibam que eu jamais iria comemorar a morte de uma pessoa, muito menos a morte de uma criança. Com a postagem que fiz, eu só queria saber como as pessoas reagiriam, mas agora eu sei que fiz isso de uma forma muito infeliz. Fico contente que a reação tenha sido negativa, porque isso mostra que as pessoas não perderam a sensibilidade. Mas fico triste porque mesmo as pessoas que me conhecem tenham achado de verdade que eu seria capaz de um mal sentimento”, postou Alessandra.

A tentativa de ‘mea-culpa’ não convenceu. Minutos depois comprovou-se que trava-se de pura falácia. Isto porque internautas resgataram prints ainda mais cruéis em que Alessandra Strutzel aparece dialogando com colegas sobre a morte de Arthur.

A imagem desmente Alessandra e mostra que ela sabia exatamente o que estava dizendo quando celebrou a morte do menino (ver abaixo).

Uma das primeiras internautas a comentar no post já deletado de Alessandra questiona: “Qual é a notícia boa?”. A blogueira responde: “Um filho da puta a menos kkkkk”.

“Acho que você não entendeu. Quem morreu foi o neto, uma criança de 7 anos”, rebate a internauta, incrédula.

A tréplica de Alessandra é ainda mais mórbida: “Entendi sim. Pensa, iria crescer com exemplo do avô, um filha da puta a menos para roubar nosso país”.

É assustador que uma parte significativa das pessoas que elegeram o atual presidente seja incapaz de condenar este tipo de monstruosidade. Causa mais pavor ainda perceber que muitos pensam exatamente como Alessandra.

Bolsonaro é apenas um idiota que foi competente para explorar as novas tecnologias e o vazio de sentidos, cidadania e educação que preenche a maioria dos brasileiros. Ele não é o mais apavorante no porvir deste país. O que há de mais tenebroso é o que ele despertou: uma besta fera que, finalmente, levantou-se de seu sofá equipado de senso comum, ódio e desorientação.

COR DA BOINA

No discurso que fez ao lado de Juan Guaidó no Planalto, Jair Bolsonaro não usou a palavra “ditadura” para descrever o regime de Nicolás Maduro. O presidente brasileiro, como se sabe, até tem simpatia por governos autoritários. A razão da crise no país, ele sugeriu, é o fato de a esquerda estar no poder. Em evento oficial na usina de Itaipu, na terça (26), o presidente celebrou os generais do regime militar brasileiro e fazer uma homenagem ao paraguaio Alfredo Stroessner — corrupto, líder de um regime torturador e acusado de pedofilia. O presidente gosta de jogar confetes sobre autocratas. Em 2006, quando era deputado, ele tentou usar a Embaixada do Brasil no Chile para enviar uma mensagem ao neto do “saudoso general Pinochet”. Em vez de condenar a perversidade de qualquer governo autoritário, Bolsonaro só enxerga a cor da boina do ditador.

UMA MENTIRA REPETIDA MIL VEZES…

A Polícia Federal informou ao presidente Jair Bolsonaro que não há evidência alguma da participação de outras pessoas além de Adélio Bispo no atentado cometido contra o presidente em setembro. A PF realizou uma devassa na vida de Bispo e de pessoas ligadas a ele. Não encontrou absolutamente nada.

Uma mentira repetida mil vezes se torna verdade dizia Joseph Goebbels, o homem da propaganda hitlerista. Bolsonaro, seus filhos e asseclas seguem esta cartilha. Incansavelmente tentam estabelecer uma ligação entre Adelmo e o PSOL, com o objetivo de jogar no colo do partido a responsabilidade pelo desequilíbrio mental do criminoso. Chegaram ao ponto de disseminar que Jean Wyllys teria fugido do Brasil por ser o mandante do crime…

O fato é: a conclusão da PF mostra que o alardeado complô para matar Jair Bolsonaro é uma fraude, orquestrada nas redes sociais. Mais uma peça de marketing de um governo que vive apenas de factoides que bailam entre a comédia e a violência nas redes sociais.

EDUCAÇÃO DE UM PARTIDO SÓ

Uma das bandeiras do bolsonarismo é a ideia – estapafúrdia – segundo a qual a educação, no Brasil, é um repositório de esquerdistas que tentam a todo custo fazer uma lavagem cerebral ideológica na cabeça dos alunos com o objetivo de dar cabo da família, da religião e da propriedade.

Para sustentar a tese, bolsonaristas pegaram carona nos delírios do movimento Escola sem Partido, cujos objetivos, até estes dias, quase ninguém compreendia, de fato. Foi graças ao colombiano Vélez Rodríguez, que Bolsonaro alçou a ministro da Educação, que os brasileiros puderam ter uma ideia mais clara do que se trata a coisa: eis que o Escola sem Partido é, na verdade o "escola com Bolsonaro".

“Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de você, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”, afirmou o textinho do MEC – que terminava com o slogan da campanha eleitoral de Bolsonaro – enviado para todas as escolas públicas e privadas do país, para que fosse lido no primeiro dia de aula. Com os alunos e funcionários perfilados diante da bandeira do Brasil, também deveria ser tocado o hino nacional. A mensagem ainda pedia que alguém da escola gravasse o episódio e mandasse pro MEC e para a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

O rebu foi grande. Até a Janaina Paschoal achou ruim.

“No governo do capitão, sinaliza o ministro, o regime é a monarquia. Reina a esculhambação. O novo é coisa muito velha, que Lourival Fontes já fazia na época de Getúlio. A novidade é que agora pode dar cadeia, pois filmar criança sem autorização dos pais é ilegal. E fazer promoção pessoal de agente público é inconstitucional”, resume muito bem o Josias de Souza.

Este pessoal pisa no próprio rabo, e tropeça.

TRAPALHÕES

Ricardo Vélez Rodríguez, o colombiano que Jair Bolsonaro escolheu para cuidar do ensino no Brasil, brinca de ter ideias como quem brinca de roleta-russa, na certeza de que a inteligência que manipula está completamente descarregada. No seu penúltimo lampejo, o ministro achou que seria uma grande ideia enviar para todas as escolas do país uma recomendação a ser implementada no primeiro dia de aula do ano letivo de 2019. Vélez Rodríguez pedia que alunos, professores e funcionários das escolas fossem perfilados diante da bandeira do Brasil. Sugeria que fossem filmados entoando o hino nacional e que a filmagem incluísse trechos da leitura de uma mensagem que ele próprio redigiu para as crianças, os mestres e os servidores. Dizia o seguinte: "Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!". Os "novos tempos" de que fala o ministro foram inaugurados em 1º de janeiro, dia da posse de Jair Bolsonaro. São tempos estranhos, que provocam uma enorme saudade daquela época em que laranja era apenas uma fruta cítrica e ministro da Educação falava português sem sotaque. No governo do capitão, sinaliza o ministro, o regime é a monarquia. Reina a esculhambação. O novo é coisa muito velha, que Lourival Fontes já fazia na época de Getúlio. A novidade é que agora pode dar cadeia, pois filmar criança sem autorização dos pais é ilegal. E fazer promoção pessoal de agente público é inconstitucional.

REALIDADE FICÇÃO

Assinale a alternativa falsa:

a) O ministério da Educação mandou um e-mail para todas as escolas públicas e privadas do país pedindo que seja lida em voz alta uma carta do ministro Ricardo Vélez, com forte viés de autopropaganda, que termina com o slogan do governo Bolsonaro – "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos". Depois, solicita a execução do hino nacional. E que tudo seja gravado em vídeo e enviado ao ministério.

b) Durante um evento em um resort pertencente a Donald Trump, na Flórida, o deputado federal e chanceler informal Eduardo Bolsonaro subiu ao palco e contou que apoia o projeto do presidente norte-americano de ampliar o muro separando os Estados Unidos do México e da América Latina. "Como trabalhei na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, nós sabemos como as coisas funcionam. Então, construam o muro. Nós, brasileiros, estamos apoiando vocês."

c) O governo federal vende como uma das soluções da Reforma da Previdência que o pagamento de assistência social de um salário mínimo (R$ 998,00) mensal aos idosos em condição de miserabilidade seja adiado dos 65 para os 70 anos. Em contrapartida, oferece R$ 400,00 dos 60 aos 69.

d) Jair Bolsonaro informou que lançará, nesta terça, o programa "Emprego acima de tudo, Carteira de Trabalho acima de todos" para combater o desemprego de 12,2 milhões de pessoas. O pacote de medidas pretende estimular a geração de postos de trabalho principalmente na construção civil e na indústria, além de fortalecer a fiscalização a fim de aumentar a formalização, com foco no campo. O programa, com o apoio de universidades federais e empresas, também prevê a formação e reciclagem da mão de obra, visando adaptá-la às novas necessidades do mercado de trabalho.

Resposta: "D" de desejo (de políticas públicas), de decepção (com a realidade) ou de dissimulação (para todo mundo esquecer problemas mais sérios, como pragas de laranjais).

AMEAÇAS À DEMOCRACIA

“O mais recente relatório da instituição americana Freedom House sobre o estado da democracia no mundo coloca o Brasil entre os dez países em que houve “importantes acontecimentos em 2018 que afetaram sua trajetória democrática”, demandando, assim, ‘um especial escrutínio’ em 2019. “O candidato de direita Jair Bolsonaro capturou a Presidência com uma retórica baseada no desdém pelos princípios democráticos”, diz o texto, para justificar a atenção especial dada ao Brasil.”

ENERGUMENOS

O chanceler Ernesto Araújo achou que poderia apagar uma bobagem com uma lorota. Depois de soltar uma besteira quando afirmou não saber se o regime da Coreia do Norte age com a mesma brutalidade de Nicolás Maduro, o ministro tentou colocar a culpa na imprensa.

Em uma postagem, Araújo reclamou que os jornais só passaram a chamar os líderes norte-coreanos de ditadores depois que o americano Donald Trump passou a negociar com Kim Jong-un. O chanceler talvez tenha achado que escaparia ileso com essa desonestidade flagrante. A verdade é que ele mentiu.

Há três gerações, a imprensa trata o governo norte-coreano como um regime autoritário. Em julho de 1994 os jornais noticiavam que o corpo de Kim Il-sung, “ditador que governou a Coreia do Norte por 46 anos” e avô de Kim Jong-un, seria carregado pelas ruas de Pyongyang. Araújo fingiu que não viu e só tentou limpar sua barra com aquela fantasia.

Alguns integrantes do governo querem exercer o poder com base na mentira. Depois de dizer à revista Veja que os brasileiros se comportam como canibais, o ministro Ricardo Vélez (Educação) primeiro alegou que suas palavras foram publicadas “fora de contexto”. Quando a gravação da entrevista foi divulgada, ele parou de enrolar e admitiu que foi “infeliz na declaração”.

O próprio Jair Bolsonaro, que se beneficiou de uma enxurrada de notícias falsas durante a campanha, também usa a enganação como método.

Na terça (26), o presidente fez propaganda de um item do pacote de Sergio Moro que pretende ampliar a coleta de DNA de criminosos. Bolsonaro se queixou de que “parte da mídia e pessoas de má-fé omitem propositalmente” detalhes do texto. Era mais uma trapaça: a ideia foi noticiada e debatida pelos jornais.

Um governo que se ergueu sobre uma plataforma popular apoiada por 57 milhões de votos não precisa recorrer à mentira. Ao apostar na desinformação para atacar a imprensa, o presidente e seus aliados acabam ofendendo seus próprios eleitores.

Por Bruno Boghossian, na Folha     

10% DOS DEPUTADOS FEDERAIS SÃO RÉUS

Um levantamento mostra que 50 deputados federais respondem atualmente a processos criminais na Justiça. O dado representa 10% do total de 513 parlamentares da Câmara. São, ao todo, 95 processos – apenas um dos deputados responde a 30 ações, quase 1/3 do total, o levantamento foi feito pelo G1. Os crimes pelos quais os deputados são réus vai desde calúnia, injúria, difamação, corrupção e falsidade ideológica até furto, estelionato, lesão corporal e tortura. Entre os partidos, o PR é o que tem o maior números de processados por crimes: 7.

EM NOME DE QUEM?

A festa de gala, organizada pelo fã-clube do Trump, o Trumpettes USA, reuniu cerca de 700 apoiadores do presidente, que pagaram no mínimo 300 dólares para participar da festa. Piruando por lá, o “chanceler” Eduardo Bolsonaro resolveru falar em nome dos brasileiros. “Construa esse muro. Os brasileiros estão apoiando você”, disse Eduardo, referindo-se aos arroubos higienistas de Trump e sua proposta de construir um muro na fronteira entre o México e os Estados Unidos, Entusiasmado com a participação, o filho de Jair Bolsonaro publicou o vídeo em suas redes sociais.

Para quem não está a par: durante a campanha eleitoral de 2016, Trump prometeu que o país vizinho pagaria pela construção do muro proposto por ele próprio. Depois, tentou pressionar o Congresso a aprovar, no orçamento, uma provisão de US$ 5,7 bilhões para a obra. Não funcionou.

Com o impasse entre democratas e o presidente, o governo ficou fechado durante 35 dias, na paralisação mais longa da história dos EUA. Com a maioria dos americanos o responsabilizando pela situação, o republicano recuou e decidiu aprovar medidas que permitiriam financiar o governo. Mas deu um prazo de três semanas, encerrado em 15 de fevereiro, para que os dois lados chegassem a um acordo sobre o muro. Como isso também não ocorreu, Trump declarou emergência nacional nos EUA, anúncio que já é alvo de contestações judiciais.

Ou seja, o pimpolho fanfarrão, em passeio pelos Estados Unidos, diz que fala em nome “dos brasileiros” em apoio a construção de mais um muro da vergonha. Mais um papelão em menos de dois meses de governo.

MORO NA LONA

Ao exigir que Sergio Moro (Justiça) desligasse a especialista Ilona Szabó do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Bolsonaro submeteu o ministro a inédito constrangimento interno. Nem na pasta o episódio foi bem digerido. Segundo aliados do presidente, ele demonstrou profunda irritação com a nomeação de Ilona –especialmente depois de ter passado o dia recebendo mensagens com cobranças de apoiadores. A especialista é defensora do desarmamento. O Conselho Nacional de Política Penitenciária perderá mais uma integrante. A promotora Monica Barroso, atacada ao lado de Ilona nas redes, pediu exoneração. Seu mandato iria até 2020. Ela já queria sair, mas antecipou a decisão.

Festa no Cabaré

A direita pró-armas festejou o recuo do ministro Sergio Moro dando tiros (metafóricos) para o alto. No Twitter, pessoas que se diziam decepcionados com o ministro celebraram a volta do filho pródigo. O ex-senador Magno Malta, que andava meio sumido desde que foi escanteado por Bolsonaro na formação do governo, ressurgiu parabenizando o ex-juiz.

Bene Barbosa, um dos mais influentes militantes pró-armas do país, aproveitou para festejar o efeito colateral do desconvite a Ilona, a renúncia de Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança do Conselho Nacional de Segurança, em solidariedade a ela.

Outro bolsonarista influente nas redes, Allan dos Santos, diz que foi uma vitória do povo que elegeu Bolsonaro.

Já o MBL inimigo jurado de Ilona, foi sucinto:

 

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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