20/04/2024 - Edição 540

Legislativo

Diante do aumento dos homicídios, Fabio Trad critica banalização da vida

Publicado em 28/07/2014 12:00 -

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No último dia 23, o policial militar Valdir Antunes de Oliveira, de 41 anos, morreu após ser baleado durante assalto ao estabelecimento comercial no bairro Oliveira, saída para Sidrolândia. Três bandidos chegaram na loja, anunciaram o assalto, balearam o policial e fugiram com a arma do agente e o dinheiro. Valdir foi o quinto policial assassinato este ano no Estado.

O deputado federal Fabio Trad (PMDB) criticou o que chamou de “banalização da vida”, referindo-se a assassinatos que vem acontecendo em Mato Grosso do Sul e no País por motivos fúteis.

“É lamentável que haja essa banalização dos crimes contra a pessoa, com vida humana se reduzindo a simples obstáculo a ser removido para que a engrenagem do crime siga funcionando. Diante da brutalidade, considero que os poderes públicos e a sociedade precisam reagir. Mobilizar corações e mentes, sociedade civil, academia e organizações independentes é o primeiro e urgente passo para estancar essa selvageria", apontou o parlamentar sul-mato-grossense.

Preocupação com a violência

Alguns números dão contornos a tragédia continuada da violência no país, como o relatório sobre o Peso Mundial da Violência Armada. Entre os anos de 2004 e 2007, os doze maiores conflitos armados, provocados por disputas territoriais, guerras civis e movimentos libertários, em diferentes partes do mundo, mataram 169.574 pessoas, enquanto no mesmo período 192.804 pessoas foram assassinadas no Brasil.

Entre 1992 e 2009, de acordo com o IBGE, a taxa de homicídios no Brasil cresceu 41%, com a média de assassinatos saltando de 19,2 para 27,1 mortes em cada cem mil habitantes. Nos últimos trinta anos, houve aumento de 83,1% na taxa de homicídios no Brasil.

Pesquisa realizada pelo IPEA, em 2010, em sistema amostragem nacional, apontou que 79% dos brasileiros têm muito medo de serem assassinados; 18,8% têm pouco medo, e só 10,2% não têm medo de ser vítima de homicídio.

"Ora, se em um país que não vive qualquer tipo de guerra interna e, muito menos, ocupação inimiga, oito de cada dez habitantes temem ser assassinados, há algo de profundamente errado", constatou o parlamentar.


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