18/04/2024 - Edição 540

Ponte Aérea

Não dá pra fazer bom Jornalismo e lucrar com fakenews

Publicado em 24/02/2021 12:00 - Raphael Tsavkko Garcia

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Não dá pra dizer que faz jornalismo de qualidade aceitando publicar uma publicidade criminosa dessas, Folha de S.Paulo.

Isso é ser conivente com fake news e com quase 250 mil mortes (além de uma tremenda lição de hipocrisia e irresponsabilidade).

Qual a moral da Folha e de outros veículos que reproduziram esse absurdo criminoso pra criticar Bolsonaro e seu negacionismo anti-científico? E não adianta vir com "erramos", agora é tarde. Vão ter que se esforçar muito pra reparar esse erro – e com muito mais do que uma notinha num canto escondido do jornal.

Ou defendem jornalismo de verdade, informação de qualidade e respeitam o público e os jornalistas que trabalham na redação, ou aceitam dinheiro de qualquer um, mesmo de grupos compostos por gente doente e criminosa. As duas coisas não dá.

UM BELO SORRISO, UMA CARA DE MAU

O problema do Trump era o discurso alt-right e a moral que dava pra maluco(s), mas na prática Biden já fez as mesmas jaulas pra crianças imigrantes e já mandou bombardear a Síria – com apoio de quem até ontem criticava quando era Trump o mandante.

Isso na real explica o apelo dos radicais que pregam serem diferentes – na prática a diferença entre o mainstream republicado e democrata é zero. E vale pra todo o mundo que vê a extrema-direita crescer.

Partidos da centro-esquerda e centro-direita são quase indistinguíveis e muitas vezes se unem, fazem coalizão, diluindo ainda mais suas diferenças. Sobra pros discursos extremos surgirem pregando serem o novo. Um Democrata bombardeia a síria com um sorriso lindo, já o Trump é laranja e tem cara de mau.

E a mídia tem sua (grande) parcela de responsabilidade no crescimento de radicais e extremistas porque passa pano insistentemente para esse "centro mágico" que bombardeia e faz gaiolas quando está do "lado certo da história".

Quando é seu lado, é tudo lindo. O outro é sempre horroroso.

TERROR

Mikel Zabalza, condutor de ônibus, foi assassinado em meio às torturas que sofreu nas mãos da Guarda Civil espanhola/GAL em novembro de 1985.

Hoje, gravações provaram o que todos sabiam: Ele foi brutalmente torturado e o mandante foi Felipe González, primeiro ministro do PSOE (https://is.gd/UwPrpk).

Pili Zabala, irmã de outro basco assassinado pelos GAL/Guarda Civil, José Ignacio Zabala (assistam Lasa eta Zabala, de 2014, filme sobre a vida e a morte de ambos, é emocionante https://is.gd/5mOmIq) pediu para que FINALMENTE investiguem a ligação entre González (PSOE) e o grupo terrorista de extrema-direita GAL (https://is.gd/1u7Tux).

E essa sexta estrEia o documentário Non Dago Mikel? (Onde está Mikel) em que se investiga o assassinato de Mikel Zalabza, sob tortura, pelas mãos do Estado Espanhol e do PSOE, o Partido Socialista (risos) Operário Espanhol (https://is.gd/Zqytgn).

O líder do PSE-EE (o PSOE basco), já se antecipou à crise e pediu para González deixar o partido – no entanto o ex-PM é uma eminência parda. Manda e desmanda. E o PSOE é seu reflexo.

O Estado espanhol é terrorista e o PSOE é quem está por trás.

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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